terça-feira, 17 de junho de 2014

O Conde Peixe

Honorário senhor leitor,
Essa é a história de um peixe
Que cansou de ser nadador
Abandonou tudo para virar Senhor !

Vamos ao começo...

Ele era um peixe
Bruto e astuto
Incrivelmente descontente
Com absolutamente tudo !

Seus colegas na escola
O deixavam de lado
Porque o peixe era
Rude e mal educado

Dizia mentiras
Que morava em uma mansão
Seu nome era Philiph Januário VI Estevan da Escandinávia
Mas na verdade era João

E de tão chato e tão astuto
Não parava nem um segundo
De seus feitos, mentiras espalhar

Disse que iria para França
Mas desde criança
Sua casa era o mar !


E depois da desconfiança
Veio a cobrança
Da verdade contar

Encheu seu peito de coragem
Cheio de vaidade
E vontade de provar

"Peixes e baleias!
Salmões de todas as idades !
Chega de baboseiras !
Conto-lhes a verdade!"

"Meu castelo é tão grande
Que lá cabem todos peixes
Adornado de limpeza
e cheio de enfeites !"

"São cores tão belas
E banquetes todo dia
A empregada limpa o chão
Sorrindo, pela minha humilde companhia "

"Acredite em quem vos fala !
Esse peixe não mentiria
Só não lhe apresento minha casa...
Porque é... longe ! Quem diria?!"

Os outros peixes inconformados
Com a falta de vergonha
Como mentia, peixe safado !
E então começou a barganha

"Temos fortes nadadeiras
Moramos no alto mar
Pare de ser orgulhoso
Você pode a verdade contar"

"Mas se preferir podemos presenciar
Se for longe, podemos nadar!
O que os olhos veem é verdade
Não dá pra escapar!"

Essa discussão continuou
Até o peixe concordar
Ele se amedrontou
Pois não tinha o que mostrar !

Com o trato fechado
Veio a complicação
Ele não tinha casa e nem castelo
Mas encontrou a solução.

Se lembrou de um lugar
aonde peixes não queriam estar
Os salmões começaram a gargalhar
"Lá é impossivel morar !"

Dizem que lá só há monstros
Criaturas esquisitas
Que é um breu imenso
Cheio de almas perdidas

Mas o orgulho é tão grande
Que ele seguiu em frente
Com medo do perigo
Pois peixe também sente !

E é do sentir que vem o orgulho
Ele não deu pra trás
Alguns peixes alarmaram
"Ele não sabe o que faz !"

E é assim, caros leitores
que essa história quase termina
O peixe passou seus limites
E sumiu como... neblina !

Foi então caros amigos
Que o pescador puxou a rede
"Mas que belo peixinho!
Vou dá-lo de presente !"

Enfim o peixe conquistou
Um castelo bem enfeitado
Aonde cabiam todos os peixes
Que moravam no aquário !

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