quinta-feira, 26 de junho de 2014

Ainda dá tempo.

Este é um projeto independente com o objetivo de abrir os olhos para o simples fato que para começar uma mudança, é preciso primeiro acreditar que ela é possível. O mundo é de todos nós e precisa do nosso otimismo para que o ímpeto de mudar se transforme em uma mudança real, e acreditamos que isso só é possível começando por uma transformação interna. Mudando nosso jeito de pensar, mudamos nosso jeito de agir e agindo mudamos o mundo. Ainda dá tempo.



http://vimeo.com/78245147

segunda-feira, 23 de junho de 2014

FishBase - Catalogo de peixes

Site com fotos de muitas especies de peixe

Celina de Holanda


(...) Cecé como gostava de ser chamada, nasceu e cresceu nos engenhos Ypiranga e Pantorra, no município do Cabo de Santo Agostinho em 19 de junho de 1915 e faleceu no Recife em 04 de julho de 1999. Publicou seus primeiros poemas nos cadernos de cultura dos jornais do Commercio e Diario de Pernambuco e estreou em livro aos 55 anos, com O espelho e a rosa (1970). Celina participou ativamente dos movimentos culturais em Pernambuco, com destaque à Ação Católica Operária e às Edições Pirata, movimento editorial de escritores pernambucanos. A sua última obra publicada foi Viagens gerais, editada pela Fundarpe em 1995, em comemoração aos seus 80 anos, reunindo todos os seus livros publicados até aquele ano e ainda os inéditos Afago e faca e Tarefas de Nigiam.


Quatro poemas de Celina de Holanda


Colcha de retalhos

No chão da casa depositei as malas
E me sobraram braços
(meu nome
perdido em sua voz, não me chamava)
era a noite onde as coisas terminam
a interminável.
Agora
Setecentos e vinte e seis dias depois,
Um ar de chuva atravessando o rio,
Sento na máquina e recomeço a vida,
Só retalhos.



As Viagens

Viajo nos livros que faço,
mas sempre torno,
para escrevê-los
onde a vida
é uma menina pobre chorando
entre as moitas.
Trago-a de volta
ao seu colo, sua casa,
até que venha e me leve
o meu amado.



O ciclo

Na sala o espelho,
a rua na sala, a moça
o relógio ao contrário.

A moça decide o cabelo
à altura do amado,
que decide o seu sol
à altura da vida, de muros
tão altos.



Meridiano

Vivemos a grande noite.
Cada amor em seu amor
se oculta.

Quem nos roubou a ternura
escondida? O corpo claro
e diurno?

Como os animais e as crianças

um dia a vida será só vida.


(fonte : http://www.domingocompoesia.com.br/2014/06/a-poesia-viva-de-celina-de-holanda.html?spref=fb 23/06/2014)

sexta-feira, 20 de junho de 2014

História de Algodão

Uma menina bonitinha
Era um floco de algodão
Caiu como a neve
No meio do verão

Aguou com seu encanto
As flores, margaridas
Iluminou meu mundinho
Com cores divertidas

Uma menina, de tão bobinha
Me deu inspiração
Sorriu de lado
Prendeu a respiração
Pulou de cima do telhado
Em um mar cheio de histórias
Foi do japão, até a roma ! 
Contou a suas glórias !

Uma menina pequenina
Me fez escrever um livro
Um álbum de figurinhas
Com doces sortidos !
Um cavalo de brinquedo
Uma princesa em perigo !

E eram tantas suas histórias
Que não dava mais pra lembrar
De uma gaivota ao vento
Ou da estrela do mar
Só me lembro de um farol
E o canto da sereia
Quanta imaginação tem aquela menina pequena !

terça-feira, 17 de junho de 2014

O Conde Peixe

Honorário senhor leitor,
Essa é a história de um peixe
Que cansou de ser nadador
Abandonou tudo para virar Senhor !

Vamos ao começo...

Ele era um peixe
Bruto e astuto
Incrivelmente descontente
Com absolutamente tudo !

Seus colegas na escola
O deixavam de lado
Porque o peixe era
Rude e mal educado

Dizia mentiras
Que morava em uma mansão
Seu nome era Philiph Januário VI Estevan da Escandinávia
Mas na verdade era João

E de tão chato e tão astuto
Não parava nem um segundo
De seus feitos, mentiras espalhar

Disse que iria para França
Mas desde criança
Sua casa era o mar !


E depois da desconfiança
Veio a cobrança
Da verdade contar

Encheu seu peito de coragem
Cheio de vaidade
E vontade de provar

"Peixes e baleias!
Salmões de todas as idades !
Chega de baboseiras !
Conto-lhes a verdade!"

"Meu castelo é tão grande
Que lá cabem todos peixes
Adornado de limpeza
e cheio de enfeites !"

"São cores tão belas
E banquetes todo dia
A empregada limpa o chão
Sorrindo, pela minha humilde companhia "

"Acredite em quem vos fala !
Esse peixe não mentiria
Só não lhe apresento minha casa...
Porque é... longe ! Quem diria?!"

Os outros peixes inconformados
Com a falta de vergonha
Como mentia, peixe safado !
E então começou a barganha

"Temos fortes nadadeiras
Moramos no alto mar
Pare de ser orgulhoso
Você pode a verdade contar"

"Mas se preferir podemos presenciar
Se for longe, podemos nadar!
O que os olhos veem é verdade
Não dá pra escapar!"

Essa discussão continuou
Até o peixe concordar
Ele se amedrontou
Pois não tinha o que mostrar !

Com o trato fechado
Veio a complicação
Ele não tinha casa e nem castelo
Mas encontrou a solução.

Se lembrou de um lugar
aonde peixes não queriam estar
Os salmões começaram a gargalhar
"Lá é impossivel morar !"

Dizem que lá só há monstros
Criaturas esquisitas
Que é um breu imenso
Cheio de almas perdidas

Mas o orgulho é tão grande
Que ele seguiu em frente
Com medo do perigo
Pois peixe também sente !

E é do sentir que vem o orgulho
Ele não deu pra trás
Alguns peixes alarmaram
"Ele não sabe o que faz !"

E é assim, caros leitores
que essa história quase termina
O peixe passou seus limites
E sumiu como... neblina !

Foi então caros amigos
Que o pescador puxou a rede
"Mas que belo peixinho!
Vou dá-lo de presente !"

Enfim o peixe conquistou
Um castelo bem enfeitado
Aonde cabiam todos os peixes
Que moravam no aquário !

segunda-feira, 16 de junho de 2014

QuidProQuo


Distância diz tanto
Que a ânsia
Cisma
Em ver de novo.

Diz tanto
Da distância
Que se vê
Des-importância  




segunda-feira, 9 de junho de 2014

As versões do poema Vladimir / Brechet /

Ver online o PDF

Já que não existe a verdadeira versão deste poema, veremos a sua evolução e transformação, já que isso move o mundo.


“First they came for the Communists,
and I did not speak out
because I was not a Communist.
Then they came for the Socialists,
and I did not speak out
because I was not a Socialists.
Then they came for the trade unionists,
and I did not speak out
because I was not a trade unionist.
Then they came for the Jews,
and I did not speak out
because I was not a Jew.
And when they came for me —
there was no one left to speak out.”

Niemöller


“Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei.
Agora estão me levando.
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.”

Bertolt Brecth

“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim,
e não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores, matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”

Maiakóvski,

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