A manhã
A chuva lúgubre olha de través.
Através
da grade magra
os fios elétricos da idéia férrea -
colchão de penas.
Apenas
as pernas
das estrelas ascendentes
apoiam nele facilmente os pés.
Mas o destroçar dos faróis,
reis
na coroa de gás,
se faz
mais doloroso aos
buquêshostisdasprostitutasdotrotoar.
no ar
o trotar
do riso-espinho dos motejos -
das venenosas
rosas
amarelas se propaga
em zig-zag
ag-
rada olhar de
tras do alarde
e do
medo:
ao escravo
das cruzes
quieto-sofrido-indiferentes
e ao esquife
das casas
suspeitas
o oriente
deita no mesmo vaso em cinza e brasas
Maiakóvski
Nenhum comentário:
Postar um comentário