quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Dürer

 Albrecht Dürer (Nuremberga, 21 de maio de 1471 — Nuremberga, 6 de abril de 1528) foi um gravador, pintor, ilustrador, matemático[1] e teórico de arte alemão e, provavelmente, o mais famoso artista do Renascimento nórdico, tendo influenciado artistas do século XVI no seu país e nos Países Baixos. A sua maestria como pintor foi o resultado de um trabalho árduo e, no campo das artes gráficas, não tinha rival. As suas xilogravuras, consideradas revolucionárias[2] são ainda marcadas pelo estilo gótico[3]. É considerado como o primeiro grande mestre da técnica da aguarela, principalmente no que diz respeito à representação de paisagens[4]. Os seus interesses, no espírito humanista do Renascimento, abrangiam ainda outros campos, como a geografia, a arquitectura, a geometria e a fortificação[5].

(-wikipédia 27 de setembro de 2012)




sexta-feira, 7 de setembro de 2012

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Alberto Caeiro

A Manhã RaiaA manhã raia. Não: a manhã não raia. 
A manhã é uma coisa abstracta, está, não é uma coisa. 
Começamos a ver o sol, a esta hora, aqui. 
Se o sol matutino dando nas árvores é belo, 
É tão belo se chamarmos à manhã «Começarmos a ver o sol» 
Como o é se lhe chamarmos a manhã, 
Por isso se não há vantagem em por nomes errados às coisas, 
Devemos nunca lhes por nomes alguns. 

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" 
Heterónimo de Fernando Pessoa



Pouco me importa.
Pouco me importa o quê? Não sei: pouco me importa.
Alberto Caeiro



Não sei o que é conhecer-me. Não vejo para dentro.
Não acredito que eu exista por detrás de mim.
Alberto Caeiro

"Quem tem as fores nao precisa de deus"
"Há metafísica bastante em não pensar em nada. 
O que penso eu do mundo? 
Sei lá o que penso do mundo! 
Se eu adoecesse pensaria nisso."


Pensar é estar doente dos olhos
Alberto Caeiro
Vale mais a pena ver uma cousa sempre pela primeira vez que conhecê-la,
Porque conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez,
E nunca ter visto pela primeira vez é só ter ouvido contar.
Alberto Caeiro
Já não é a mesma hora, nem a mesma gente, nem nada igual.
Ser real é isto.
Alberto Caeiro
O único sentido íntimo das coisas
É elas não terem sentido íntimo nenhum
Alberto Caeiro

O Mistério das CousasO mistério das cousas, onde está ele? 
Onde está ele que não aparece 
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério? 
Que sabe o rio disso e que sabe a árvore? 
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso? 
Sempre que olho para as cousas e penso no que os 
homens pensam delas, 
Rio como um regato que soa fresco numa pedra. 
Porque o único sentido oculto das cousas 
É elas não terem sentido oculto nenhum, 
É mais estranho do que todas as estranhezas 
E do que os sonhos de todos os poetas 
E os pensamentos de todos os filósofos, 
Que as cousas sejam realmente o que parecem ser 
E não haja nada que compreender. 
Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: — 
As cousas não têm significação: têm existência. 
As cousas são o único sentido oculto das cousas. 


Nunca Busquei Viver a Minha VidaNunca busquei viver a minha vida 
A minha vida viveu-se sem que eu quisesse ou não quisesse. 
Só quis ver como se não tivesse alma 
Só quis ver como se fosse eterno. 

Querem uma Luz Melhor que a do Sol!AH! QUEREM uma luz melhor que 
a do Sol! 
Querem prados mais verdes do que estes! 
Querem flores mais belas do que estas 
que vejo! 
A mim este Sol, estes prados, estas flores contentam-me. 
Mas, se acaso me descontentam, 
O que quero é um sol mais sol 
que o Sol, 
O que quero é prados mais prados 
que estes prados, 
O que quero é flores mais estas flores 
que estas flores - 
Tudo mais ideal do que é do mesmo modo e da mesma maneira!

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" 
Heterónimo de Fernando Pessoa

É Preciso Também não Ter Filosofia NenhumaNão basta abrir a janela 
Para ver os campos e o rio. 
Não é bastante não ser cego 
Para ver as árvores e as flores. 
É preciso também não ter filosofia nenhuma. 
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas. 
Há só cada um de nós, como uma cave. 
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora; 
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse, 
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela. 



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